Esperou a semana inteira - que deve ter durando dois meses,
ao menos, assim sentia.
Subiu na construção porque ainda era sábado, “seus olhos embotados de cimento e
lágrimas”. Esperou domingo.
Construiu paredes, aprumou pisos, armou vigas e esperou. Principalmente, esperou.
A noite durou dois meses, ao menos, assim esperava.
Esperou pelas palavras duras e a maca vazia. Esperou sem saber, mas esperou amanhecer.
Esperou na fila de espera. Para receber a parcela de dor que lhe cabia na vida.
Esperou o ônibus e voltou para casa.
Bateu os olhos nos olhos dela. Ela sabia. Ela também havia esperado.
Ficaram a se olhar por uma breve eternidade. Agora sabiam.
Esperou pela pergunta que não veio, mas...
Confirmou em silêncio que “sim”. Esperou-se um pouco mais.
Para que, ambos, exibissem a mesma cicatriz.
Construiu paredes, aprumou pisos, armou vigas e esperou. Principalmente, esperou.
A noite durou dois meses, ao menos, assim esperava.
Esperou pelas palavras duras e a maca vazia. Esperou sem saber, mas esperou amanhecer.
Esperou na fila de espera. Para receber a parcela de dor que lhe cabia na vida.
Esperou o ônibus e voltou para casa.
Bateu os olhos nos olhos dela. Ela sabia. Ela também havia esperado.
Ficaram a se olhar por uma breve eternidade. Agora sabiam.
Esperou pela pergunta que não veio, mas...
Confirmou em silêncio que “sim”. Esperou-se um pouco mais.
Para que, ambos, exibissem a mesma cicatriz.