quinta-feira, 18 de abril de 2013

Capela


Sento-me na paz dos umbrais
da simples construção de madeira
são paredes, teto, chão e vitrais
Local de minha oração derradeira

Cantei sóbria meu último hino
e deixei aqui morrer minha fé
Ficou nestes bancos, neste sino
a dor de se descobrir quem se é

No sacrário de porta reluzente
a luz vermelho sangue ainda brilha
Nas velas cintila a chama ardente
A capela me lembra: ainda sou filha

Quem dera poder reviver esse altar
Seria eu de novo inocente criança:
- “Mãezinha do Céu, eu não sei rezar”
Comungaria “o pão vivo, maná da aliança”

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