sexta-feira, 9 de agosto de 2013

O amor em silêncio

"Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos"


Jure não falar de amor – do nosso amor
Talvez o silêncio, “música da alma”, diga mais.
 Não grite nosso amor aos quatro cantos
Deixe em paz a rosa dos ventos

Não pendure as fotos do amor em público
Que
o que não está à venda, não carece de propaganda
Pertence a nós dois e se esparrama pelo chão do lar
Escorre pelas mobílias e impregna tudo que nos cerca

Não macule o caule da árvore com nossos nomes
Deixa que os rebentos exponham o amor que se une
Que os frutos sejam a materialização do sentimento
E que o amor se manifeste entre os tijolos da casa
Que amor seja a liga que os mantém firmes

Não exponha nosso amor com palavras
Que falar é apenas vibrar cordas
E muitos, surdos, céticos, não dariam fé
Não exponha o amor em beijos públicos
Que, em segredo, a intimidade mantém viva a chama

Não ostente a felicidade de sabê-lo.
Guarda o amor, não o manche com versos
Apenas alimenta-o com orações e compreensão.
Coloca o amor num oratório e cultua-o
Que nada é mais sagrado que o verdadeiro amor

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